segunda-feira, 18 de junho de 2012

Quando a chuva voltar

Há muito tempo
abandonei meu lar
em busca de algo
que era ilusão.

Deixei um amor...
Aos pedaços
e um pouco do que tinha...
Mortos talvez?

Mas certo
de que voltaria
quando a seca
cedesse lugar à chuva
e o verde dos olhos
de meu amor
estivessem vivos na plantação.

Quando a bela Asa Branca
não precisar fugir
da seca do Sertão.

                                                                                         Daniel de Andrade (1º F - Sesi Piatã) tomou a letra da música Asa Branca como ponto de partida para criar este lindo poema em homenagem ao Rei do Baião - Luiz Gonzaga.

“Luana respeita Mariana”

Em homenagem ao Rei do Baião, Ailana Santana, Bruna Lima, Carol Brasil, Gabriela Freitas e Larissa da Silva (1º F) recriaram “Respeita Januário”. O texto serviu de base para a encenação da equipe!  

“Luana respeita Mariana” 

Exu, terra de Lua Gonzaga. Velha Mariana: a sua mãe, amiga, irmã e professora. Aquela vida era tão boazinha e Lua não sabia. Acompanhava sua mãe no forró de pé de serra. Dançava, cantava e tocava.
Certo dia ganhou um violão, começou a ser independente e a tocar sozinha. O resultado das apresentações trazia inteirinho para casa, seu pai colocava no bolso e só lhe dava os pouquinhos.
Com o tempo aprendeu a se embelezar e também a namorar, queria mesmo era casar. Pois lá no sertão é assim... arranjou namorado, casa logo para não acabar ficando sozinha. Mas a mãe do homem era brava, não gostava mesmo de Lua, e dizia que:
– Meu filho não pode se casar com uma pessoa que se presta a tocar viola com outros homens! Não mesmo!
Mas o amor de Lua era tanto por Jeremias que um belo dia surgiu com uma novidade:
– Pai! Estou grávida!
Seu pai ficou zangado. Pegou a menina pelos braços, jogou-a na cama, trancou-a no quarto e guardou a chave.
– Sua sem-vergonha! Vou te bater! Se tu não casar vai para o olho da rua!
– Faz isso não, pai! Faz isso não, painho!
Quem podia lhe socorrer? Só a sua mãe, afinal, nunca tinha lhe batido.
– Me acuda, mãe! Vem me acudi, mãezinha!
– Que acudi que nada sujeita! Garota sem-vergonha!
– Sorta Lua, Mariana!
– Sorta que nada! Vou matar essa menina! Minha família nunca foi tão desrespeitada.
– Sorta Lua, Mariana.
O seu painho lhe soltou, a sua mazinha também. Mas a tristeza não a deixou aquela noite. E no dia seguinte, veio com uma conversa mansa:
– Oh mainha! O homem lá do bar me chamou para tocar um samba. Eu vou?
– Vá! Mas traga o dinheiro!
Deu no pé, fugiu, e foi para Fortaleza, Ceará. Viveu da música, da arte, conheceu um carinha bacana que lhe ajudou a cuidar do seu filho, Mariano. Deu esse nome em homenagem a sua mãe.
Juntou dinheiro e foi realizar o seu sonho, ir para a cidade maravilhosa, Rio de Janeiro. Começou a tentar a vida, tocando pelos bares como todo nordestino... Acreditou tanto na sua capacidade que foi chamada por uma gravadora, começando também a agradar e a vender bastante disco.
Mas com o tempo bateu a saudade da sua Mariana. Quem diria? Lua agora era artista.
– Vou ver mainha!16 anos sem ver aquela danada! Só quero fazer um desafio a ela, quero ver se sou reconhecida.
Assim, voltou para o sertão, chegou de madrugada na sua casa antiga, frente a frente com ela. Viu umas coisas, espiou outras, tudo como antes.
– E agora? Oh de casa! Oh de casa!
– Ninguém. Aí se lembrou sabe de quê?
– Louvado seja Jesus Cristo!
– Para sempre seja louvado!
– Dona Mariana?
– Sim, senhora.
– Estou vindo do Rio de Janeiro, Mariana. Trago um recado da filha da senhora. Traga um copo d’água, que eu estou morrendo de sede.
Lua ficou espiando pelo furinho da janela, viu a velha acendendo o candinheiro que clareou tudo. Lá vem ela na sua direção, chegou à janela que a filha estava, abriu-a, colocou o candinheiro na cara dela e perguntou:
– Quem é a senhora?
– Lua, sua filha!
– Oxente! Isso é hora de você chegar sua “corna”! Cambada, “Lua chegou”!
Foi uma felicidade que só. Ninguém dormiu mais naquela noite. Todos estavam surpresos. Até de manhã a casa cheia.
– Canta Lua! Canta para nós ver!
Pegou a viola e fez a festa.
“Lua respeita Mariana
Lua respeita Mariana
Tu podes ser famosa, mas tua mãe é mais tinhosa.
E com ela ninguém vai, Lua.
Respeite os seus pais
Respeite os seus pais.”

Essa que é a história!


domingo, 10 de junho de 2012

IX Prêmio Literário Valdeck Almeida De Jesus – Redação e Poesia


1 - O Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus visa estimular novas produções literárias e é dirigido a candidatos de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil ou no exterior, desde que seus trabalhos sejam escritos em língua portuguesa.

2 – As inscrições acontecem de 01 de janeiro de 2012 a 30 de outubro de 2012, através do e-mail valdeck2007@gmail.com (crônicas, artigos e resenhas ou poesias de até 50 linhas, minibiografia de até cinco linhas, endereço completo, com CEP e fone de contato e DDD). Os textos devem vir DENTRO do corpo do e-mail e anexados em formato Word. Inscrições incompletas serão desclassificadas. Vale a data de postagem no e-mail. Não serão aceitas inscrições pelos correios.

3 - A obra não precisa ser inédita e deve versar sobre tema livre. Serão aceitos, também, textos sobre escritores e poetas malditos, esquecidos, não editados há muitos anos, sejam de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Serão aceitas, também, redações sobre temas africanos, Copa do Mundo de Futebol de 2014 e sobre escritores de outras partes do mundo, desde que os textos sejam escritos em língua portuguesa. Cada autor responderá perante a lei por plágio, cópia indevida ou outro crime relacionado ao direito autoral. A inscrição implica concordância com o regulamento e cessão dos direitos autorais apenas para a primeira edição do livro, bem como autorização para divulgar o nome e/ou imagem do autor em qualquer meio de comunicação.

4 - Uma equipe de escritores faz a seleção dos textos. A premiação é a publicação do texto selecionado em livro, em até seis meses do encerramento das inscrições. Sugere-se que os escritores selecionados criem um blog gratuito ou usem seus blogs pessoais, após a divulgação do resultado do concurso, para dar visibilidade ao trabalho de todos os participantes. Os casos omissos serão decididos soberanamente pela equipe promotora. Os textos podem receber correções, conforme o Novo Acordo Ortográfico. Serão eliminados do concurso os autores que não responderem aos e-mails da comissão para aprovação/desaprovação das correções.

5 - O autor que desejar adquirir exemplares do livro deverá fazê-lo diretamente com a editora ou com o organizador do prêmio. Os primeiros dez classificados receberão um exemplar gratuitamente. Os demais podem receber, a critério da organização do evento e da disponibilidade de recursos financeiros.

Modelo de ficha de inscrição:

Paulo Pereira dos Santos
Rua Santo André, 40 – Edf. Pedra – Apt. 201
35985-999 – Portão
Belo Horizonte-MG
(31) 3366-9988, 8877-8999

Modelo de minibiografia:
 

Paulo Pereira dos Santos é natural de Santana-PB. Escritor, poeta e jornalista, tem dois livros publicados: “Antes de tudo” e “Até amanhã”. Participa de cinco antologias de poesias. Graduado em comunicação social. Menção honrosa em diversos concursos de poesia. Tem dois livros no prelo e pretende lançá-los em 2012.


Projeto publicado no site do PNLL do Ministério da Cultura

Lançamentos:

1ª Antologia: Bienal do Livro da Bahia, em abril/2005 e 2007;
2ª Antologia: III Corredor Literário da Paulista, em outubro/2007;
3ª Antologia: Na 20ª Bienal do Livro de São Paulo e na 3ª Feira do Livro de Sergipe, em 2008 e na 9ª Bienal do Livro da Bahia;
4ª Antologia: Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro de 2009 e no Espaço Castro Alves, num grande shopping da Bahia;
5ª Antologia: Bienal do Livro de São Paulo, em 21.08.2010;
6ª Antologia: Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em 03.09.2011 e 02.11.2011 na 10ª Bienal do Livro da Bahia;
7ª Antologia: Bienal do Livro do São Paulo, em agosto de 2012;



MAIS INFORMAÇÕES:

Valdeck Almeida de Jesus 
Tel: (71) 9345-5255
E-mail: valdeck2007@gmail.com
Site do Organizadorwww.galinhapulando.com