sábado, 28 de abril de 2012



Os Girassois

Assim como o girassol
Segue o sol.

A sombra daquele que não existia
Viveu da dor,do desespero
Da calma e da melancolia.

Assim como o girassol
Segue o sol.

Sofreu sem se queixar
Tentando encontrar
Algo par se dedicar.

Assim como o girassol
Segue o sol.

Em cada tela que pintou
As tintas que usou
Um pouquinho do seu sofrer ele deixou.

Assim como o girassol
Segue o sol.

Girassois na sua alma brotou
Mas no seu corpo continuou
Mas no seu corpo continuou
A figura escura.

Assim como o girassol
Segue o sol.

A arte são dos loucos
Os loucos nos fizeram evoluir.

Assim como o girassol
Segue o sol.

A sua razão oscilava com a sua emoção
O doido ruivo
Não poderia ficar sem o seu poder de criação.

Assim como o girassol
Segue o sol.

Quando perdeu dinheiro
Perdeu pouco
Quando perdeu a honra
Perdeu muito
Mas quando perdeu a coragem
Perdeu tudo

Assim como o girassol
Segue o sol

E com um fim trágico
Deu adeus ao seu mundo escuro
Para que junto com os girassois
Desse boas vindas a estrela maior
O sol!

Assim como o girassol
Segue o sol

A luz encontrou
A luz que tanto procurou
A luz que em vida não achou
Devido ao desprezo e a solidão.

Assim como o girassol
Segue o sol

A arte mantém viva
A alma de um verdadeiro artista.

Gabriela Freitas

Nossa querida Gabriela produziu “Os Girassois” para uma apresentação teatral sobre Vicent Van Gogh, um pintor holandês, marcado por seu desejo de demonstrar sua vida sofrida através de suas telas. Fica claro, após a leitura desse poema, que é através de versos que nossa poetisa demonstra seu ponto de vista sobre o Homem e tudo que faz parte de seu mundo.. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amizades virtuais


Uma menina e um menino, uma amizade virtual, cheia de brincadeiras, segredos, risadas, mas também repleta de perigos: uma amizade “internauta”.
         A menina, adolescente, bonita, divertida, sonhadora. Ele? Aparentemente um menino bonito, jovem, cheio de sonhos e segredos. A amizade deles começa em uma solicitação de amizade no “MSN” dela. E então, dia após dia, conversas rolando, e informações dadas por ela, sem compromisso. Assim prosseguiu essa amizade. Ela indo e voltando do colégio, ele em um restaurante da esquina, em seu notebook, sempre esperando ela passar.
Quarta-feira, 18 horas, ela voltava do vôlei, sozinha. Pesquisas sobre o endereço do Colégio e ele sabia como encontrá-la. Já sabia que ficava sozinha até às 19 horas, quando os pais chegavam do trabalho. E assim, uma quarta-feira, no vôlei, ela olha para a arquibancada e vê um cara olhando-a fixamente. Sim, era ela, camisa 07. Esperou até o final do jogo, enquanto ela falava com o professor, arrumava as coisas, e volta para casa, como sempre andando sozinha.
E aquela sensação de estar sendo seguida. Olhou para trás e se deparou com o mesmo cara da arquibancada. Começou a andar mais rápido até chegar em casa.
         Como tinha pais superprotetores, decidiu não falar nada sobre o rapaz misterioso. Até que, na outra semana, o mesmo cara, no mesmo lugar, olhando pra ela e seguindo-a até sua casa. No dia seguinte, em seu quarto, estudando, seus pais a chamam. Chegando na sala, ela os vê sentados com o cara que a perseguiu. Eles disseram que ele era um policial e que a partir das informações dadas, conseguiu facilmente encontrá-la, mas que poderia ter sido outra pessoa com outras intenções e explicou os perigos de uma amizade virtual.

Conto de Nathália Ventin.
Aluna do 1º ano (H) do Ensino Médio – Sesi Piatã

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Imagens e palavras I


A produção textual a partir de imagens surte muitos resultados surpreendentes. Além da observação, desperta-se a criatividade, a imaginação  e o desenvolvimento da escrita/leitura crítica não só da palavra, mas também do mundo. Vejamos o que foi produzido a partir da imagem acima.

Há marcas que nunca poderão ser curadas, elas apenas param de doer. (Wendy Barbosa - 1o I)
Dizem que a escravidão acabou, mas onde está a liberdade? (Daniel de Andrade - 1o F)
O  acorrentamento do homem, muitas vezes, escravo de outra pessoa ou dele mesmo. A opressão,  a humilhação. (Jade Batista1o I )
A prisão que se tornou meu mundo é a liberdade que não tenho e pela qual não luto! (Carol Brasil - 1o F)
Não podemos ser escravos do mundo, temo de ser livres para conquistá-lo! (Thamires - 1o F)
Todo cidadão tem o direito de ser livre. Ninguém nasce para se sujeitar a humilhações. (Naira Fernandes - 1o I)
A prisão nos priva de muitas coisas, mas quando saímos dela queremos ficar em um espaço limitado, só nosso! (Paula Silva - 1o F)
Estamos todos padronizados, presos, sem poder ser o que desejamos. (Silas Luz - 1o I)
Para cada ação há uma consequência. As prisões onde se encontram os infratores é a prova disso! (Daniel Fernandes - 1o F)
Quem possui o poder de te aprisionar e, ao mesmo tempo, de te libertar? Quem possui todas as armas suficientes para lutar por sua liberdade? Você!! Você possui tudo de que precisa para lutar! Você tem as chaves! Então lute! (Otávio Oliveira - 1o I)
O sofrimento é a falta de alegria; a prisão, falta de liberdade. Não me lembro mais do formato do sol, pois só o vejo nascer quadrado. (Mateus de Almeida - 1o F)
Preso, solitário, na escuridão. Preso a mim mesmo. Nunca me senti tão triste. À procura da alegria, espero e choro! (Lenon - 1o D)
Há apenas a ausência de liberdade e de poder sobre si mesmo! (Mateus Santos - 1o I)
Não precisamos de asas para poder voar, precisamos somente nos libertar do que nos acorrenta ao chão. (Ráilla Muniz - 1o F)
Não fique preso em seu próprio medo, liberte-se do que te traz infelicidade. (Irlan - 1o I)
Você tenta escapar, mas quando ver já é tarde demais. Você não tem mais liberdade em seu lugar, em seu pensar. Você já deixou a sociedade tomar conta de seu ser! (Brenda Lázara - 1o F)
Muitas vezes, o homem aprisiona-se em seu próprio fardo! (Alexandre Ribeiro - 1o I)
Todo indivíduo tem o direito à liberdade; nascemos para vivermos livres e não acorrentados! Correntes só servem quando significam união e não segregação. (Daiana Conceição - 1o I)
Braços acorrentados: a morte, a dor, a tristeza e a falta de liberdade! (Luana Santos - 1o I)
Correntes do sofrimento. Um mar de tristeza sem fim! (Tamires Viegas - 1o I)
Prisioneiro acorrentado por muito tempo. A ferrugem já escorre sobre sua pele. (Tárcio Fonseca - 1o J)
O homem define a sua própria liberdade. Ou não? (Laisi Teles - 1o J)
Um homem acorrentado pelos pulsos, num local escuro e sombrio. Parece estar ajoelhado... (Thayane Nunes - 1o J)
A falta de liberdade existe ainda hoje. As pessoas "presas" em seus trabalhos sem tempo para si mesmo. (Mariana Regina - 1o J)
Acorrentados pelo seu próprio "eu". (Andreza Lima - 1o J)
Não podemos nos esquecer de que nossos antepassados foram trazidos da África para serem escravizados. Nos deixaram muitos legados, principalmente, culturais e religiosos. E, infelizmente, ainda sofrem muito preconceito. (Bianca Silva - 1o J)
Correntes: uma forma de aprisionar, usada para prender escravos nos navios negreiros. Mas, ainda hoje, é utilizada em cárceres privados, filmes e novelas. (Túlio Azevedo - 1o J)





P.S.: Todos es escritores estudam na Escola Djalma Pessoa (Sesi Piatã). 

domingo, 1 de abril de 2012

A existência

Aquilo que você sente
Aquilo que você ouve
Aquilo que você vê.

Onde estamos?
O que queremos?
Para aonde vamos?

Esses humanos
são tão desumanos
Que o ser se torna o nada.

Eliminaram e subjugaram
gente como a gente
Como inferiores ratos
Mortos pela faminta serpente.

Nasce a nossa identidade
Ainda na maternidade
E quando seguimos uma "verdade",
Quando recebemos a memória, a história.

O bonito e o estranho
O racismo
O xenofobismo
O homem e suas guerras
A paz e a união e a miséria
A sobrevivência
A convivência
A cultura, o enredo da nossa existência.

Gabriela Freitas


A poetisa baiana, Gabriela Freitas, nasceu em 7 de novembro de 1997, em Feira de Santana. Cursa o 1o ano (F) do Ensino Médio na Escola Djalma Pessoa (Sesi Piatã). Eis como ela se define:"Sou muito séria e busco perfeição em tudo que faço, pois quando as coisas não saem como o planejado me aborreço muito. Reflito muito antes de agir e acho que isso é um dos meus defeitos, mas quando tomo uma decisão sou capaz de mergulhar de cabeça no que estou fazendo e esquecer todo o resto à minha volta. As coisas que mais gosto de fazer em minha vida são: ouvir música e senti-la (principalmente do meu poeta favorito Renato Russo), e escrever. Escrevo sobre o que verdadeiramente acredito e sinto!"